10.10.2025   |   Kreßberg-Waldtann   |   Alemanha

Com 225 anos de existência e administrada pela oitava geração, a marcenaria Wolz é uma empresa absolutamente tradicional. A empresa familiar localizada perto de Crailsheim, na Alemanha, cria soluções personalizadas para o setor de móveis e acabamento de interiores desde 1800. Para isso, ela tem à sua disposição um parque de máquinas ultramoderno. Há alguns meses, a equipe do Diretor Executivo Stefan Wolz investiu em uma nova serra robótica com estoque da Homag.

Quem vai até a marcenaria Wolz em Kreßberg-Waldtann, muitas vezes acaba mudando de estado, dependendo do trajeto. A empresa está localizada no extremo nordeste de Baden-Württemberg, na fronteira com a Baviera. Depois de chegar a Waldtann, ainda é preciso percorrer algumas centenas de metros, pois as instalações da empresa ficam fora da cidade. "Foi muita sorte o fundador da nossa empresa ter escolhido este local", afirma Friedrich Wolz, que no início deste ano passou a marcenaria para as mãos de seu filho Stefan. “Por aqui, não temos problemas de espaço e podemos expandir, se necessário.”

Existem poucas empresas que podem se orgulhar de uma história tão longa e de sempre ter permanecido nas mãos da família. "Este ano, comemoramos 225 anos de existência. Meu pai é a sétima geração e eu, a oitava", conta Stefan Wolz, que cresceu bem ao lado da empresa. Em 2014, ele ingressou na empresa dos pais. "Para mim, ficou claro desde muito cedo que eu queria assumir esta tarefa".

A empresa Wolz é uma marcenaria clássica, muito especializada. "Fazemos de tudo, desde armários pequenos para pessoas comuns até todo o mobiliário de imensas casas de luxo", diz Stefan Wolz. Portas, janelas e o interior completam o portfólio. Além disso, a empresa possui uma loja de móveis, diretamente incorporada à produção. "Com os produtos comerciais, criamos uma segunda fonte de renda", afirma Stefan Wolz. Sua empresa vende cerca de 200 cozinhas por ano que, com pessoal qualificado, são instaladas localmente na casa dos clientes. Essa ampla diversificação garantiu sua competitividade em tempos difíceis.

Foi no início de 2024 que Stefan Wolz pensou pela primeira vez em comprar uma serra robótica: "Estávamos chegando ao limite de nossa capacidade de corte. A serra acabou virando um gargalo. E refletimos sobre como poderíamos eliminar esse gargalo". Na verdade, ele pretendia fazer o investimento apenas em 2026 ou 2027. "Mas a nossa agenda de pedidos já estava lotada e ainda entraram mais alguns pedidos grandes. Isso acabou acelerando o processo." Nos Dias de Tecnologia da Homag, ele se informou sobre a combinação de serra, estoque e robô. “E isso me convenceu a dar esse passo na mesma hora.”

Desde fevereiro de 2025, a "Sawteq S-300 Flex Tec" com estoque "Storeteq P-300" está em operação. Ela substitui uma antiga seccionadora – que não tinha robô nem estoque. A automação permite obter um rendimento significativamente maior. "Antes, tínhamos uma cota diária máxima de 25 a 30 placas. Para nós, isso era simplesmente insuficiente. Com a nova serra robótica, conseguimos produzir 60 placas ou mais em um único turno", conta Christian Kern, chefe da preparação de pedidos e assistente do diretor operacional. Isso permite que as etapas de trabalho sejam distribuídas e os funcionários sejam alocados de forma mais eficaz em outras áreas. “Agora, não só trabalhamos em turnos de 8 horas, mas às vezes também temos cortes que duram dois turnos ou entram noite adentro. E o funcionário, que antes se dedicava exclusivamente ao corte, agora também opera outras máquinas.”

Além da conexão com o robô, os funcionários estão muito satisfeitos com o novo estoque. "Antes, armazenávamos nossas placas em estantes que eram abastecidas com uma empilhadeira. E perdíamos muito tempo com isso. É verdade que havia uma mesa elevatória, mas, apesar disso, sempre era preciso fazer uma pré-triagem manual", explica Christian Kern. Além disso, o acesso direto ao estoque "Storeteq" representa um ganho de eficiência, uma vez que na marcenaria se trabalha muito com CAD/CAM. “É possível ver imediatamente quantas placas ainda existem, o que precisa ser reabastecido e assim por diante. Além disso, também o gerenciamento de sobras é uma vantagem e tanto.”

Um desafio foi integrar a serra robótica com estoque na produção em andamento. "Com a produção funcionando, fomos esvaziando as estantes antigas e, ao mesmo tempo, dando um jeito de conseguir realizar os treinamentos dentro do prazo. E tudo isso em um período muito curto", afirma Kern. Adicionalmente, todos os processos precisavam funcionar em conjunto, desde o fornecimento de energia elétrica para a nova máquina até a sucção. No final, tudo funcionou perfeitamente, o que, sem dúvida nenhuma, também se deve à longa e estreita colaboração entre a marcenaria Wolz e a Homag. Além da nova serra robótica, a empresa possui dois centros de processamento CNC (um de 2014 e outro de 2018), bem como uma coladeira de bordas com tecnologia de junta zero (de 2018) do pessoal da Floresta Negra. Na área de tecnologia de superfícies, um sistema de pintura da Bürkle (de 2023) complementa o moderno parque de máquinas.

A "Sawteq S-300 Flex Tec" foi tecnicamente concebida para realizar a produção sem intervenção humana por espaços mais longos. Mas a serra também pode ser operada manualmente, como nos velhos tempos, oferecendo total flexibilidade quando necessário. Este conceito híbrido foi um dos motivos que levou a marcenaria Wolz a investir. "Às vezes, temos placas ou tamanhos especiais para os quais o robô não é adequado. Esses, então, cortamos manualmente", diz Christian Kern. Ele estima que a proporção do corte manual seja de cerca de 10%.

Muitas vezes, a falta de mão de obra qualificada desempenha um papel importante em investimentos como este. Isso não aconteceu na marcenaria Wolz, mesmo que a empresa tenha sido afetada pelo mercado de trabalho complicado, assim como outras. "Temos sorte, pois continuam entrando muitos pedidos de emprego. Algumas pessoas se surpreendem ao ver que temos tantos jovens trabalhando conosco", diz Stefan Wolz. Entre os cerca de 30 funcionários, temos 6 estagiários. Um fator importante é o bom ambiente de trabalho na empresa. "É preciso tratar os funcionários com respeito e dar a eles a liberdade de se desenvolverem", diz Stefan Wolz.

Isso também se aplica à mudança geracional na administração da empresa. "A sucessão só funciona se deixarmos os jovens agirem", afirma Friedrich Wolz. "Muitas vezes, ouço outras pessoas dizendo que não vai dar certo porque a geração mais velha não consegue dar espaço para a nova". Com ele, não foi assim. "Desde o início, pude definir minhas próprias prioridades. E foi isso que fiz", confirma Stefan Wolz.

Ou seja, a marcenaria Wolz preparou o terreno para o futuro com sucesso, tanto em termos de equipe como de tecnologia. Isso significa que a empresa pode olhar para o futuro com confiança em seu 225º aniversário e enfrentar os desafios futuros.